As Filhas do Capitão – María Dueñas

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As Filhas do Capitão – María Dueñas

O romance As Filhas do Capitão, da minha amada escritora espanhola María Dueñas, possui um roteiro bem característico da escritora. Colocando sempre mulheres como protagonistas de suas histórias, a escrito mostra nessa publicação como a imigração aos Estados Unidos, em busca do “Sonho Americano” é antiga e como, em muitas situações, não é nada fácil. No entanto, a escritora claramente busca exaltar a força de mulheres que se vem obrigadas a se reinventarem quando os ventos não são favoráveis.

A escritora espanhola mais lida no Brasil construiu um enredo cativante e envolvente em as Filhas do Capitão, e seguiu a mesma tendência que usou em O Tempo entre as Costuras, com histórias de mulheres imigrantes que precisam se superar para conseguir a sobrevivência, antes de tudo.

Neste livro, mãe – uma espanhola tradicionalíssima – e três filhas – as temperamentais Victória, Mona e Luz Arenas, se veem obrigadas a saírem de sua terra (a Espanha) após a morte da matriarca da família e acompanhar as aventuras do pai e marido, Emilio Arenas, nos Estados Unidos, em Nova Iorque, no ano de 1936.

Ele tinha adquirido uma pequena taberna – El Capitán – com o sonho de tornar aquilo o sustento da família. No entanto, com sua morte, mãe e filhas se veem em uma situação extremamente difícil. Elas têm uma taberna para gerenciar, mas nunca se envolveram em gestão. E, também, a empresa responsável pelo acidente que matou o patriarca oferece uma indenização pela morte, que consistia em um bom dinheiro mais passagens para a Espanha.

No entanto, aparece um advogado misterioso que faz algumas orientações que podem mudar o rumo das mulheres Arenas.

Bem, o caminho será tortuoso, cheio de desafios, com pessoas que só querem prejudica-las, e outras que estão do lado dessas mulheres. Mas, como saber quem é quem? É muita tragédia para uma família, quem nem ao menos sabe falar a língua daquele país, em um curto espaço de tempo. E, ainda, elas precisam saber gerenciar a personalidade de cada uma. Explosivas, vulneráveis, ingênuas, mas muito resistentes, com um grande poder de superação.

No caminho, elas encontram pessoas as quais são cruciais para o desfecho das personagens.

Com um ritmo um pouco lento no início dessa trama, a história custou um pouco mais do que o normal para me seduzir e me cativar, a ponto de eu torcer para as personagens. A ingenuidade das filhas, em algumas situações, se mostrou um pouco exagerada, no entanto, nada que atrapalhasse a história.

É um estilo bem característico da autora, e eu gosto muito desse tipo de narrativa. Embora seja ficção, é bem provável que tenham existido várias famílias Arenas naquela época que foram para os Estados Unidos acreditando no “Sonho Americano”.

Um livro muito bom que vale a leitura!

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