No mês de maio, comemoramos o Dia das Mães. Então, em homenagem às mulheres que escolhem ter filhos e exercem esse papel da melhor maneira que elas podem, eu criei o projeto Mães fortes da literatura, cujo objetivo é mostrar personagens principais mães e suas realidades ora positivas e ora nem tanto assim. Vamos a elas!
Cem anos de solidão – Gabriel García Márquez
Um clássico da literatura fantástica do mundo inteiro, Cem anos de solidão, de Gabriel García Marquéz foi a primeira leitura do mês de maio. Nele, a gente é apresentada à Úrsula – espinha dorsal não só da família, mas de toda a trama – é a personagem central e matriarca dessa clássica história que foi um marco para o realismo mágico, publicado pela primeira vez em 1967. Ela, como matriarca de sua família, busca incansavelmente o melhor para esse núcleo familiar, entre erros e acertos, tendo vivido mais de 100 anos, o que mostra que ela viu gerações e gerações chegarem e irem embora. Aqui, vimos uma solidão muito presente em diversos personagens e, também, em Úrsula.
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Vidas Secas – Graciliano Ramos
Essa é a história de uma família de retirantes nordestinos cuja força vem da matriarca Sinha Vitória. A narrativa foca na permanente fuga dessa família, junto à famosa cadelinha da literatura brasileira, Baleia, acometida pela seca nordestina e, consequentemente, a falta de um lar. Com uma trama em terceira pessoa, com linguagem simples e áspera, a história mostra personagens secos e que buscam, o tempo inteiro, um pouco de dignidade. A difícil jornada da mãe dessa família é exposta de forma dramática. Ela precisa ser a força e a esperança e deve tentar poupar os filhos das grandes mazelas desse mundo.
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Ao Farol – Virgínia Woolf
Neste livro, muitos críticos afirmam que a escritora Virgínia Woolf criou a personagem Sra. Ramsey como representante de sua própria mãe. É uma personagem muito forte e intensa. Chega a ser melancólica e a nos mostrar como a maternidade é capaz de fazer com que a mulher que existe naquela mãe possa desaparecer. A história mostra a solidão dessa personagem e um lamento profundo de uma vida tão difícil de ser vivida. Contada em fluxo de consciência, esse romance foi publicado em 1927, sendo considerado um marco do modernismo. Ele conta a história da família Ramsay e suas visitas a uma bela ilha na Escócia (Ilha Skye), entre os anos de 1910 e 1920.
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Precisamos conversar sobre o Kevin – Lionel Shriver
Um romance em primeira pessoa, contado através de cartas escritas por Eva – a grande mãe dessa família – para o Franklin que, aparentemente, é seu ex-marido. O casal, após a difícil decisão de ter um filho – já que Eva não queria ter filhos –, precisa lidar com o fato de o filho, Kevin, ser, aparentemente, um psicopata. E os indícios disso aparecem ainda na infância. Eva vive as angustias mais profundas, sombrias e desesperadas da maternidade. A sua vida de mulher contemporânea se transforma após se tornar mãe e esse era o grande medo dessa personagem antes da decisão. A sua forma de olhar para a própria história faz dela uma das personagens mais complexas da literatura atual.
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Curtiu? Todo domingo eu estou comentando as minhas experiências de leitura desses livros (respectivamente) no canal Livros da Bela. Já tem Cem anos de solidão, Vidas Secas e no, no dia 19, subirei o incrível Ao Farol, de Virgínia Woolf!