Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie, me surpreendeu como história e como escrita. Uma forma delicada e, até mesmo, poética, porque não, de contar as atrocidades praticadas por um patriarca fanático religioso e as mazelas acometidas na Nigéria, na África, que, embora seja um país rico em petróleo, a maioria de sua população vive em uma miséria absoluta.
O livro é narrado em primeira pessoa. A história é contada sob o olhar de Kalimbi, uma adolescente, filha mais velha dessa família. A sutileza da caracterização de seus personagens, mostrando os estragos consequentes dos extremismos, nos permite acompanhar a trajetória dessa família e torcer para que um dia essa situação, que parece não ter fim, possa definitivamente ser exterminada.
A Tia Ifeoma tem um lugar cativo no meu coração. Influência positiva para Jaja e Kalimbi, os dois filhos desse patriarca que, a meu ver, também foi envolvido nessa crença fanática. A esposa, vítima disso tudo, não aguenta ver tanta violência como punição, tanto em seus filhos, quanto nela mesma. Quer conhecer um pouco mais dessa história? Assista a resenha no canal Livros da Bela!