A primeira parte do volume 1 da série que antecede Game Of Thrones foi lançada no segundo semestre de 2018 e já é sucesso em vendas. Martin, brilhantemente, consegue passar por esse universo da fantasia e deixa a sua marca. Lançado para contar os 300 anos de reinado da família Targaryen junto a seus dragões, ele expõe, de forma simples, porém cheia de surpresas, como se deu a supremacia dessa família pelos sete reinos de Westeros.
A família Targaryen, de sangue Valiriano, chegou em Wasteros 10 anos antes da queda de Valíria – tinha sido a maior cidade do mundo, um importante centro de civilização onde muitas casas disputavam o poder. Esse ato foi visto pelos Vilarianos como um ato de covardia da família. Eles não eram nem de longe os mais poderosos da cidade.
A Casa Targaryen – em que seus membros mais puros tinham o cabelo prateado e olhos violeta – conseguiu desembarcar em Westeros com a conquista de Aegon – inclusive, o tempo é contado fazendo uma alusão à bíblia. A Conquista de Aegon passou a ser a referência e marco zero da contagem do tempo, com DC. Na história, essa contagem tem um início impreciso, já que diz-se que a Conquista de Aegon demorou dois anos para de fato ser consumada com sua coroação em VilaVelha.
Aí então, começa a história do reinado da família, iniciando com Aegon (e suas duas rainhas, esposas e irmãs – Visenya e Rhaenys) que foi apelidado como Aegon o Conquistador.
A família consegue ser amada e temida – em determinados momentos – por muitos anos, sendo os únicos a conseguirem ser senhores ancestrais de dragões. Essa família, que tinha por tradição realizar casamentos entre si – inclusive entre irmãos – assume o trono de geração por geração, cada momento uma história, e, em algumas, períodos sangrentos e, em outras, pacificadores.
Aegon morreu de morte natural no ano 37 DC e seu filho junto à rainha Rhaenys, Aenys Targaryen, assumiu o seu curto reinado. Toda a conquista de seu pai corria risco naquele momento e muita batalha estava por vir. Momentos sanguinários e de muita crueldade estavam prestes a surgir.
O reinado dos Targaryes foi marcado tanto por momentos de paz como por momentos de muito sangue, batalhas e muitas tragédias familiares.
Com uma leitura fluida, em um estilo de narrativa histórico, o autor apresentou os anos de dinastia Targaryen – de Aegon I a Aegon III – mas não apresentou um final, justamente porque, sim, haverá a segunda parte do volume 1, sem data prevista para lançamento. A narrativa, que em alguns momentos pode parecer lenta, conta com a belíssima contribuição das ilustrações de Doug Wheatley. A capa – ilustração de Jean Michel Trauscht – também é muito atrativa e é um convite às aventuras dos Targaryen. Um belo trabalho da editora Suma.